Os santos ofícios são sinais e selos do pacto da graça salvadora, instituídos por Deus para representar Cristo e os Seus benefícios, e confirmar o nosso interesse nEle, bem como fazer uma diferença visível entre os que pertencem à Igreja e o resto do mundo, e induzi-los ao serviço de Deus em Cristo, segundo a sua palavra, 1 Coríntios 11:26; João 13:14-17; 1 Coríntios 10:16-17.

Em todo oficio sagrado há uma relação espiritual entre o sinal e a coisa significada, e por isso os nomes e efeitos de um são atribuídos ao outro. A graça significada nos santos ofícios ou por meio deles, quando devidamente usados, não é devida a qualquer poder neles existentes; nem a eficácia deles depende da intenção de quem os administra, mas da obra do Espírito Santo juntamente com os preceitos que autorizam o uso deles, os quais contém uma promessa de benefícios aos que dignamente os recebem, 1 Coríntios 11:28; 10:1-4; Lucas 22:19-20; Romanos 6:4; 1 Coríntios 11:23-33.

O Batismo

Rio JordãoDe acordo com Efésios 4:5 existe um só batismo, o qual, cremos, deve ser ministrado por imersão nas águas. Após recebermos este batismo, que é o testemunho público da nossa profissão de fé em Cristo e do nosso arrependimento dos pecados, e pelo qual somos admitidos como membros da igreja visível, à medida que vamos nos consagrando ao Criador, e em vista das necessidades dos dons espirituais nas igrejas, o Senhor vai nos revestindo da plenitude do Espírito Santo, Atos dos Apóstolos 4:31. Isto não significa um segundo batismo, mas, sim, que o homem ou a mulher, já espiritualmente preparados pelo poder divino, vão desenvolvendo um ministério útil, com vista ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do Seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo que é a própria igreja. Efésios 3:10; 4:11-16; 1 Coríntios 12:11; Romanos 12:6-8; Atos dos Apóstolos 5:32; 10:47; 11:15, 24.

A palavra batizar, empregada nos diversos textos bíblicos, significa, literalmente, SUBMERGIR. Esta interpretação é confirmada por estudiosos da língua grega e por historiadores eclesiásticos de elevada idoneidade teológica. O batismo por imersão está em consonância com o seu significado simbólico, isto é, representa a morte, o sepultamento e a ressurreição Rom. 6:1-4. Somente as pessoas que reconheceram os seus pecados, que se arrependeram e que aceitaram a Cristo como seu Salvador pessoal, estão preparados para o santo Batismo. Mateus 3 5-7; João 1:12; Atos dos Apóstolos 4:12; 8:37; Romanos 6:4.

O batismo só deve ser ministrado depois de a pessoa estar consciente do ato que pretende realizar.Assim sendo, poderão ser submetidos ao Santo Batismo, fazendo a sua pública confissão de fé em Cristo Jesus. Marcos 16:16; Mateus 28:18 -20; João 3:33; Atos dos Apóstolos 10:47; Colossenses 2:12.

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O Lava-Pés

Lava pésA cerimônia do lava-pés foi instituída na igreja primitiva e pela lógica, precede à Santa Ceia, representando uma festa de amor e um ato de humildade, pelo qual, os cristãos se preparam para participar do corpo e do sangue do Cordeiro Pascoal, 1 Coríntios 5:7.

Assim sendo o batismo nas águas é um testemunho público de nossa profissão de fé em Cristo, o lava-pés, simbolicamente, é o testemunho público da nossa humildade e de uma demonstração que damos da necessidade de nos esvaziarmos de todo orgulho, preconceito e vaidade humana, deixando assim somente o senhor Jesus Cristo ter a primazia sobre todas as coisas, Filipenses 2:2-11. Sendo o Senhor Jesus supremo Rei e Senhor de todas as cousas, e tendo Ele lavado os pés dos Seus discípulos como um ato de humildade, assim também devemos lavar os pés uns dos outros. De acordo com os ensinos dos apóstolos, a cerimônia do lava-pés deve ser praticada também entre as mulheres, João 13:14-17; 1 Timóteo 5:10. Temos que entender que é um mandamento do senhor, e, se não praticarmos não teremos parte com Ele, João 13:8.

A Santa Ceia

Santa Ceia do SenhorA Santa Ceia têm que ser realizada com pães asmos, isto é, sem fermento, e com vinho puro da melhor qualidade. O Senhor Jesus, na noite em que foi traído, instituiu o oficio da Santa Ceia, composta de Pão e Vinho, representando no pão sem fermento a pureza do seu corpo, e no vinho a Nova Aliança do Seu sangue. Esta cerimônia deve ser observada na Igreja cristã até o fim desta dispensação, a fim de lembrar o sacrifício que em Sua morte Ele fez de Si mesmo. Igualmente, esta cerimônia serve para selar os verdadeiros crentes com os benefícios provenientes deste sacrifício, para o seu sustento espiritual e crescimento nEle, bem como para ser um vínculo e penhor de sua comunhão com Ele e de uns para com os outros, como membros do Seu corpo místico. Êxodo 12:15; 1 Coríntios 11:20-26; 12:12,13; Efésios 4:15; Lucas 22:19-20.

Neste sagrado ofício os fiéis fazem uma comemoração do único sacrifício que Jesus Cristo fez de Si mesmo na cruz, uma única vez e, por meio dele, uma oblação de louvor a Deus e uma expiação completa de todos os pecados da humanidade, em um único ato de justiça. Assim sendo, os elementos que compõem a Santa Ceia, o pão sem fermento e o vinho puro, devidamente consagrados aos usos ordenados por Cristo, tem relação com Cristo crucificado, morto e ressuscitado que, simbolicamente, são às vezes chamados pelos nomes das cousas que representam, a saber, o corpo e o sangue de Cristo; porém, em substancia e natureza continuam apenas sendo pão e vinho, como eram antes, e não os próprios corpo e sangue de Jesus como ensina a doutrina da transubstanciação. 1 Coríntios 11:26; Êxodo 12:26,27.

Os que comungam dignamente, participando exteriormente dos elementos visíveis dessa cerimônia, também recebem intimamente pela fé, a Cristo e todos os Seus benefícios da Sua morte, e nEle se alimentam não carnal ou corporalmente, mas real, verdadeira e espiritualmente. Não estando o corpo e o sangue de Cristo, corporal ou carnalmente nos elementos pão e vinho, mas espiritualmente presentes pela fé dos crentes nessa ordenança. Mateus 26:26-30; Marcos 14:22-26; Lucas 22:19-20.

O Matrimônio

CasamentoO objetivo do sagrado matrimônio, é unir o homem e a mulher, de forma que nesse ato venerável, instituído por Deus, significando a união mística entre Cristo e sua igreja, juntos vivam com fidelidade e paciência, em sabedoria e verdadeiro amor. Efésios 5:22-29. É Justo, portanto, que a igreja abençoe o matrimonio de forma que aqueles que se tornam marido e mulher, cumpram e guardem os votos e as promessas que fizeram um ao outro perante testemunhas e perante Deus. Romanos 13:1-3; Mateus 19:4-6; 1 Coríntios 7:10-11; Romanos 7:1-3.

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